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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Concilio - O primeiro Concilio - parte 1

O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo

Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés. Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto
(Atos 15:5,6).

Logo no início da igreja primitiva surgiram aqueles que não foram cautelosos e cuidadosos, deixando-se levar pelo “fermento dos fariseus”, apesar das advertências do Senhor no Seu ministério terreno (Mt 15:10-20; 16:1-12; Mc 8:15-21), passando a querer exigir a observância da lei como um requisito para a salvação (cf At 15:1,5). Com o início da pregação aos gentios, em Antioquia, os segmentos judaizantes de Jerusalém, agindo por conta própria e sem a autorização do seu pastor, Tiago, o irmão do Senhor (cf At 15:24), passaram a ir até o encontro das igrejas gentílicas que se formavam, defendendo a necessidade da prática da lei para que houvesse a salvação. O tumulto foi tão grande (At 15:2) que foi preciso reunir os apóstolos e os anciãos da Igreja em Jerusalém e, sob a orientação do Espírito Santo, decidir a respeito. Deu-se, portanto, o Concílio de Jerusalém (aproximadamente no ano de 48), cujas decisões foram vitais à expansão do Cristianismo até aos confins da Terra.

O QUE É CONCÍLIO
Concílio é uma reunião de autoridades eclesiásticas com o objetivo de discutir e deliberar sobre questões pastorais, de doutrina, fé, costumes (moral) e disciplina eclesiástica.

Ao longo da história do povo de Israel ocorreram várias reuniões deliberativas entre os líderes para tratar das urgências nacionais e das crises que surgiram ao longo da história de Israel, no Antigo Testamento (exemplos: 2Cr 34:29; Ed 10:14; Ez 8:1).

Segundo o pr.Claudionor de Andrade, “o primeiro concílio da velha aliança deu-se quando Moisés congregou os anciãos de Israel para declarar-lhes o plano de Deus para libertar os hebreus do Egito” (Ex 4:29).

No Novo Testamento, na Igreja primitiva, as questões de suma importância e que influenciariam o futuro da Igreja, foram tratadas e decididas em reuniões promovidas pelos líderes, orientados pelo Espírito Santo.

“Atos dos Apóstolos” faz menção de três reuniões importantíssimas:
a primeira, para eleger Matias em lugar de Judas Iscariotes e aguardar a chegada do Espírito Santo (Atos 1:12-26);

a segunda, para tratar acerca da assistência social, ocasião em que foi eleito sete homens para tratar exclusivamente desse mister - Atos 6:1-15;

a terceira, que viria a ser conhecida como o Concílio de Jerusalém (At 15:6-30). Nesta, os apóstolos reuniram-se para tratar sobre os temas que estavam dividindo os primeiros cristãos: de um lado os judaizantes (judeus convertidos) e do outro os gentios (os convertidos não-judeus, que eram maioria).


1. Concílio de Jerusalém. Esse é o nome comumente dado à reunião efetuada por delegados enviados pela igreja de Antioquia (liderados por Paulo e Barnabé) com os apóstolos e anciãos da igreja de Jerusalém, a fim de dirimir dúvidas e questões doutrinárias originadas pelo grande influxo de convertidos gentios na igreja (At 15:2-29). Muitos comentaristas identificam essa reunião com aquela que é descrita em Gl 2:1-10; nosso ponto de vista, porém, é que em Gl 2:1-10 Paulo se refere a uma reunião particular que ele mesmo e Barnabé tiveram com Tiago o Justo, Pedro e João (provavelmente por ocasião da visita que fez para levar alívio aos crentes de Jerusalém, que passavam por período de fome, visita essa mencionada em At 11:30), e na qual reunião os líderes da igreja de Jerusalém reconheceram a chamada e a posição de Paulo e Barnabé para o apostolado entre os gentios.

A conclusão desse Concílio é a base para o repúdio a estes ensinamentos que, ainda hoje, persuadem e colocam em risco milhares de almas que aceitaram a Cristo como seu Salvador.


2. O ponto em discussão do Concilio de Jerusalém. A Igreja de Antioquia da Síria era unida e conservava-se em plena comunhão. Mas segundo John Stott, essa tranqüilidade da comunhão cristã nessa igreja foi quebrada com a chegada de um grupo que Paulo mais tarde chama de “perturbadores” - “Alguns indivíduos desceram da Judéia para Antioquia” (15:1). Eles eram “fariseus” (15:5) e “zelosos da lei” (21:20). E isso era o que “ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos” (15:1). A circuncisão dos gentios não era a única exigência deles. Eles iam além. Os convertidos gentios também eram instigados a observar a “lei de Moisés”(15:5). Por não considerarem suficiente uma conversão sem circuncisão, eles organizaram um pequeno grupo de pressão, a quem muitas vezes chamamos de “judaizantes” ou “partido da circuncisão”. Eles não se opunham à missão entre os gentios, mas estavam convictos de que ela devia acontecer sob a guarda da igreja judaica e que os crentes gentios precisavam se submeter não só ao batismo em nome de Jesus, mas também à circuncisão e à observância da lei, como os prosélitos ( pessoa que abdicava de suas crenças para adotar a religião judaica) do judaísmo. Esse ensino provocou “da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles” (15:2a).

De acordo com o resumo revelador de Lucas, os judaizantes insistiam que os convertidos incircuncisos “não podiam ser salvos”. É claro que a circuncisão era o sinal da aliança instituído por Deus, e sem dúvida esses “perturbadores” enfatizavam isso, mas eles iam muito longe, fazendo da circuncisão uma condição para a salvação. Eles diziam aos convertidos gentios que a fé em Jesus não era suficiente, não bastava para a salvação: eles deviam acrescentar a circuncisão à fé, e à circuncisão a observância da lei. Em outras palavras, eles precisavam permitir que Moisés completasse o que Jesus havia começado, e permitir que a lei completasse o evangelho. O problema era imenso. O caminho da salvação estava em jogo. O evangelho estava sendo questionado. Os fundamentos básicos da fé cristã estavam sendo minados.

Até então tais condições não haviam sido impostas aos convertidos dentre os gentios. Evidentemente nenhuma palavra sobre a circuncisão foi dita a Cornélio e seus familiares, e quando Tito, um crente gentio, visitou Jerusalém em companhia de Paulo e Barnabé, em ocasião anterior, a questão de sua circuncisão nem ao menos foi abordada (Gl 2:3). Agora, entretanto, alguns elementos extremamente zelosos pela lei, na igreja de Jerusalém, decidiram fazer pressão sobre os crentes de Antioquia e das igrejas das circunvizinhanças, apresentando-lhes a necessidade de se submeterem à canga da lei. Tal pressão se mostrou tão persuasiva nas igrejas recém-fundadas da Galácia que Paulo teve de enviar a tais igrejas um urgente e violento protesto, atualmente conhecido como Epístola aos Gálatas. Na própria igreja de Antioquia tais judaizantes (como são chamados aqueles elementos) causaram tal controvérsia que os lideres da igreja finalmente resolveram que a questão inteira fosse ventilada e estabelecida pelas autoridades espirituais superiores - os apóstolos. Foi então efetuada aquela reunião que atualmente conhecemos como Concílio de Jerusalém.

....ouça o que o Espirito diz ás Igrejas!


...continue lendo em parte 2 do estudo

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal, Bíblia Defesa da Fé;
Jovens e Adultos - Lições do 3º Trimestre trimestre de 2000
Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - 3º Trimestre de 1996-Lição 13
Lições Bíblicas 1º Trimestre 2011-CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Novo Testamento)
John Stott – A mensagem de ATOS (Até os confins da Terra)
Revista Ensinador Cristão – nº 45.
Aqui eu Aprendi!

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