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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A Família que sobreviveu ao Dilúvio

Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca [...]” Hb 11.7

LEITURA BÍBLICA - Gênesis 7.1-12
1 - Depois, disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração.
2 - De todo animal limpo tomarás para ti sete e sete: o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois: o macho e sua fêmea.
3 - Também das aves dos céus sete e sete: macho e fêmea, para se conservar em vida a semente sobre a face de toda a terra.
4 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda substância que fiz.
5 - E fez Noé conforme tudo o que o SENHOR lhe ordenara.
6 - E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
7 - E entrou Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa das águas do dilúvio.
8 - Dos animais limpos, e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra,
9 - entraram de dois em dois para Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
10 - E aconteceu que, passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
11 - No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
12 - e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.

O quadro acima mostra fatos que a narrativa de Noé destaca em relação ao texto de Gênesis de 1 a 3. Em primeiro lugar, a expressão de que “andou Enoque com Deus” (Gn 5.24) e a repetição com a pessoa de Noé — “Noé andava com Deus” (Gn 6.9) — fazem eco para uma vida de justiça e se correlacionam com Adão e Eva, o primeiro casal, que andava com Deus no jardim. Neste sentido, a narrativa de Noé intensifica uma série de paralelos com a de Adão e Eva:
1) A terra se torna, de certa forma, novamente sem forma e vazia (Gn 7.17-24), como em Gênesis 1.1;
2) O restabelecimento do ciclo das estações (Gn 8.22), como em Gênesis 1.14;
3) Nova ordem para a multiplicação do gênero humano (Gn 9.6), como em Gênesis 1.27;
4) Houve, então, um novo começo (Gn 9.1), como tudo começou em Gênesis 1.1.

Entretanto, da mesma forma que Gênesis 3 narra a queda do primeiro casal, a narrativa de Noé mostra uma “queda” que envolveu a embriaguês de Noé e a maldição do filho mais novo de Cam, Canaã. Ou seja, a história de Noé repete a história do ser humano: Criação, Queda, mas promessa de Redenção. A narrativa conclui com a bênção sobre Sem, de cuja descendência virá a redenção da humanidade. A história do Dilúvio nos revela a chance que Deus deu para a humanidade, mergulhada em violência e corrupção, arrepender-se do mau caminho. Ela mostra que, para Deus, formar o homem conforme a Sua imagem e semelhança foi bom, apesar de tudo. O relato de Noé aponta para a pessoa bendita de Jesus Cristo, a grande “Arca” que deseja livrar mais uma vez a humanidade do caos existencial, do caos psicológico, espiritual, moral e ético, e de tudo o que força o ser humano a uma natureza que nada tem a ver com o que o Pai deseja a seus filhos. Como aconteceu nos dias de Noé, o caos insiste em aterrorizar nossa vida, mas “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). - Revista Ensinador Cristão nº64-pg.39

Apesar da corrupção generalizada do mundo atual, é possível manter nossa família nos padrões da Palavra de Deus.

A SALVAÇÃO DE UMA FAMÍLIA

INTRODUÇÃO
O Dilúvio não foi apenas o maior desastre natural do planeta. Em termos teológicos, a grande inundação manifestou, paradoxalmente, a longanimidade e o amor de Deus. Apesar da corrupção irrefreável da raça humana, o Senhor ainda concedeu um longo tempo para que todos, arrependendo-se de seus pecados e maldades, viessem a escapar ao juízo que se avizinhava Infelizmente, até mesmo a linhagem de Sete, apesar de um passado de fé, piedade e de boas obras, acabou por rejeitar-lhe a graça salvadora

A punição divina era inevitável. Toda a primeira civilização estava prestes a desaparecer da superfície do planeta.

Em meio àquela geração, Noé destacava-se por um amor alto e incondicional a Deus. Jamais se conformando com o mundo, navegou contra todas as correntes da maldade, da violência, da devassidão e do antiteísmo. E, assim, logrou sobreviver ao desastre anunciado. Juntamente com a sua família, daria início a uma nova civilização, que haveria de proporcionar as condições necessárias à redenção da espécie humana.

Devido à sua fé, Noé trouxe salvação à sua família. Que o seu testemunho inspire-nos a levar nossos filhos e netos a um encontro experimental com o Senhor Jesus. Caso contrário, seremos subvertidos com este mundo que subjaz num sistema maligno e antagônico a Deus.

Noé trabalhou na construção da arca e pregou a verdade divina durante 120 anos. Todos tiveram oportunidade e tempo para se arrependerem dos seus pecados, mas ninguém deu crédito a pregação de Noé. Somente ele, sua família e os animais foram salvos das águas do dilúvio. A arca construída por Noé tipifica Cristo "aquele que é o nosso único meio de Salvação".
Somente Jesus pode livrar essa geração do juízo e da morte (1Pe 3.20,21)

I. A PIEDOSA GERAÇÃO DE NOÉ
Noé procede de uma linhagem de homens santos, justos e corajosos. Entre seus antepassados, há inclusive dois profetas; todos inclusos na genealogia de Cristo. E, nessa tradição, foi ele rigorosamente educado.

I. A linhagem de Sete. Noé pertencia à família de Sete, cujo nascimento consola o coração de Eva: “Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matara” (Gn 4-25). Mas como educar o novo filho? Ela certamente temia a influência de Caim, que tanto poderia tirar-lhe a vida como arrastá-Io à apostasia. Mas, pelos versículos seguintes, inferimos que Sete foi criado com primor e desvelo.

A mesma educação buscou Sete repassar aos seus descendentes que, segundo depreendemos de sua genealogia, que também é a de Cristo, vieram a destacar-se pela nobreza e virtude

2. Uma linhagem ilustre. Já homem feito e bem formado, Sete gera um filho, que haveria de levar-lhe a família a uma comunhão mais íntima com Deus. Eis o que registra o autor sagrado: “A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26). O que tinha Enos de especial? Pelo significado de seu nome, inferimos tratar-se de uma pessoa frágil e enfermiça. Por isso, muitas orações devem ter sido endereçadas a Deus em seu favor.

Enos, cujo nome em hebraico significa “mortal”, é fortalecido por Deus. Faz-se homem, casa e também gera um filho a quem dá o nome de Cainã. No transcorrer de sua longa existência, Enos é agraciado com outros filhos e filhas, vindo a morrer com 905 anos (Gn 5.11). A doença na infância não lhe tolheu a velhice, nem a longevidade.

Da linhagem de Sete era também Enoque Por sua curtíssima biografia, concluímos ter sido ele uma poderosa testemunha de Deus entre os seus contemporâneos. De seu ministério, temos este sumário: ‘Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si” (Gn 5.22-24).

Enoque não se limitou a uma biografia particular; teve ainda um ministério público de grande influência e poder no período antediluviano, conforme revela Judas, irmão de Tiago: “Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele” (Jd 14.15).

Aos 65 anos, Enoque gerou o mais longevo dos homens: Metusalém, pai de Lameque e avô de Noé (Gn 5.25-28). Estes três homens foram os responsáveis pela formação espiritual, moral e ética de Noé.

3. Um homem educado no temor a Deus. Mui provavelmente, Noé não chegou a conhecer Enoque, seu bisavô. Mas chegou a desfrutar de uma longa convivência com o avô, Metusalém. E, deste, muito ouvira daquele que, por sua piedade, fora um dia arrebatado por Deus. O relato, que lhe repetiria o pai, Lameque, muito o inspirou e fortaleceu-o no exercício do ministério divino como pregoeiro da justiça. Não confundamos este Lameque com aquele notório descendente de Caim, que levou o mundo à ruína. O pai de Noé também era profeta. E o que inferimos de sua declaração quando do nascimento do filho. Ao olhar a criança dada à luz num mundo de trevas, inspira-se divinamente: “Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o Senhor amaldiçoou” (Gn 5.29).

Educado por homens piedosos e justos, tornou-se Noé justo e piedoso. Estava ele pronto, agora, a ouvir a palavra de Deus referente ao juízo que haveria de recair sobre toda a terra. Observemos que Noé e seus antepassados, remontando a Sete e a Adão, acham-se na genealogia que Lucas traçou de nosso Senhor Jesus Cristo (Lc 3.37,38).

II. O ANÚNCIO DO DILÚVIO
Se levarmos em consideração a cronologia tradicional, ainda não se haviam passado dois mil anos, quando Deus, ao iniciar a feitura dos céus e da terra, declarara “Haja luz” (Gn 1.3). Era chegado o momento, porém, de o Criador desfazer o que fizera naquele princípio jubiloso de Gênesis.

1. O anúncio do Dilúvio. Ao justo e piedoso Noé, o Senhor anuncia o fim da primeira civilização humana. De inicio, era sua intenção destruir o que construíra naqueles seis dias que, tendo início com a luz, culminou na criação da mulher (Gn 6.7). Mas, posto que Noé achara graça diante de si, limita-se a destruir aquela humanidade, afim de preservar a espécie humana através do patriarca.

Dessa forma, o Senhor revela a Noé a morte de uma civilização e o renascimento de outra “Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra. Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora” (Gn 6.13,14).

Em seguida, o Senhor explica ao seu fiel e humilde servo de que forma destruirá o mundo de Lameque “Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego devida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá” (Gn 6.17).

Para quem nunca vira uma tempestade, o anúncio do Dilúvio deve ter causado estranheza e interrogações. Noé, porém, compreende que o mundo de Lameque já havia rompido todos os diques da longanimidade divina. Persistisse este por mais alguns séculos, e já não restaria qualquer esperança à família humana. Era imperioso, pois, destruir a raça para salvar a espécie. Ele sabia também que o cataclismo acabaria com um mundo ecologicamente perfeito, com uma civilização já bem adiantada, com uma cultura admirável e com uma sociedade administrativa e politicamente complexa. Um novo mundo, porém, haveria de se erguer sob os detritos e lama do mundo lamequiano.

2. A destruição do mundo. O mundo ainda não tinha dois milênios, mas seria completamente destruído. Sua biosfera seria revolvida pelas águas do abismo e pelas chuvas dos mais altos céus. O planeta ainda era um vergel, mas estava para ser açoitado por ondas imensas e revoltas; tsunamis estourariam em todas as costas, litorais e praias. Da antiga civilização, apenas resquícios haveriam de sobrar.

O Eden que, desde a queda de Adão, permanecia custodiado pelos querubins, também haveria de ser destruído pelo Dilúvio. O paraíso já era perdido.

3. A destruição da primeira civilização humana. Se tivermos como válida a cronologia, segundo a qual, desde a Criação ao Dilúvio, haja transcorrido perto de dois milênios, concluiremos que as conquistas da primeira civilização eram nada desprezíveis.

Vinte séculos de arte, tecnologia e conhecimento. A humanidade deixara a unidade doméstica de Adão e Eva para complexar-se no mundo de Lameque. Havia certamente uma estrutura política, cujo fundamento era a corrupção, a violência e o antiteísmo. Embora não ignorassem a Deus, governantes e governados lutavam por impedir-lhe a instauração do Reino. Ao mesmo tempo, buscavam estabelecer o império de Satanás. A presença divina era forte e terrivelmente visível. Aproximando-se do Eden, aqueles homens, mulheres e crianças viam a espada flamejante dos querubins. Eles sabiam que a eternidade estava logo ali, na árvore da vida, bem no centro do paraíso. Todavia, por causa do pecado de Adão, já não lhe tinham acesso. E, caso tentassem chegar até ela, seriam destruídos pelos guardiões celestes. O que desejavam, porém, não era a eternidade com Deus, mas a imortalidade para se esbanjarem em seus pecados, iniquidades e grosserias. Por isso, revoltavam-se ainda mais contra Deus. Nesse destemor e apostasia, dominaram o planeta, fizeram uma ciência ruim e deletéria, construíram e deram-se em construções. Todo esse progresso tornou a primeira civilização pior do que o inferno.

4. A destruição da sociedade adàmica. Sim, Deus teve de destruir a raça, para salvar a espécie, porque a humanidade, exceto em Noé e sua família, já não existia. No Dilúvio, quantas pessoas morreram? Talvez centenas de milhares. Ou, quem sabe, milhões.

A sociedade adâmica fez-se tão arrogante e insolente, tão inimiga de Deus e adversária de si mesma, que, em breve, haveria de desaparecer da face da Terra. Junto com os perversos, estava prestes a perecer dois mil anos de uma história sintetizada num único capítulo da Bíblia Sagrada. Mas bem que poderia ser resumida nestas palavras: nasceram, prosperaram, depravaram-se totalmente e totalmente foram votados à destruição, por haverem rejeitado a graça divina.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Em meio à iniquidade e maldade generalizada daqueles dias, Deus chamou Noé um homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era ‘varão justo’. (1) ‘Reto em suas gerações’, equivale dizer que ele se mantinha distanciado da iniquidade moral da sociedade ao seu redor. Por ser justo e temer a Deus e resistir à opinião e conduta condenáveis do público, Noé achou favor aos olhos de Deus. (2) Essa retidão de Noé era fruto da graça de Deus nele, por meio da sua fé e do seu andar com Deus. A salvação no Novo Testamento é obtida exatamente da mesma maneira, mediante a graça e a misericórdia de Deus, recebidas pela fé, cuja eficácia conduz o crente a um esforço para andar com Deus e permanecer separado da geração ímpia ao seu redor. Hebreus 11.7 declara que Noé ‘foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé’. (3) O Novo Testamento também declara que Noé não somente era justo, como também pregador da justiça (2Pe 2.5). Nisso, ele é exemplo do que os pregadores devem ser” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).

III. A CONSTRUÇÃO DO GRANDE BARCO
Dispondo de tanto espaço e de tantas farturas, os filhos de Adão ainda não se haviam feito ao mar. A navegação, certamente, era-lhes desconhecida, pois tudo de que precisavam estava ali. Não havia países a serem explorados, nem culturas estranhas a conhecer. Eles eram o único pais, a única nação e a única cultura sobre a Terra. Falando todos uma só língua, não careciam investigar o desconhecido, pois tudo era-lhes conhecido. Por isso mesmo, menosprezaram ao justo Noé quando este, dramaticamente, pôs-se a proclamar-lhes, na construção da arca, o juízo de Deus.

1. A insólita construção. Até então, casas e abrigos eram construídos todos os dias pelos antigos. Sabiam trabalhar a madeira, e tinham habilidade para erguer formidáveis construções de barro. Haja vista a tecnologia que os descendentes de Noé levaram para o novo mundo, possibilitando-lhes a edificação da torre de Babel. Mas uma construção que viesse a flutuar era-lhes algo inusitado. Noé, porém, bom teólogo que era, não questionou as ordens do Senhor, que lhe dá uma planta simples, mas bastante eficaz: “Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinqüenta, a largura; e a altura, de trinta, Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca um embaixo, um segundo e um terceiro” (Gn 6.14-16).

2. As medidas da arca. Em medidas atuais, a arca tinha estas dimensões: 135 metros de comprimento, 22,5 de largura e 13,5 de altura Divida em três andares, era suficientemente espaçosa para abrigar todas as espécies domésticas e selvagens. Neste particular, ressaltamos que todas as espécies básicas, de fato, vieram a Noé. As variações que hoje conhecemos provieram destas. Tomemos como o exemplo o tigre. Hoje, há o tigre africano, o asiático e o que vive no polo Norte. Todos eles, todavia, originaram de um único casal (Gn 6.17). Portanto, não há nenhum absurdo ou incongruência no Gênesis. O mesmo, aliás, aconteceria com o ser humano. Daquela família única de oito pessoas, vieram os brancos, os negros, os amarelos e os peles-vermelhas. Enfim, todos somos filhos de Noé.

3. Um barco para flutuar. Construída para flutuar, a arca não tinha qualquer utilidade à navegação. Portanto, não precisava de leme, nem de remos, mas de um bom calado para vogar nas águas do Dilúvio.
Quanto à sua atracação, era um problema que Deus já havia solucionado em sua infinita sabedoria e providência. O patriarca Noé só precisava confiar plenamente na direção divina.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A arca não continha todas as espécies de animais, mas o protótipo de cada uma delas. Uma simples junta de gado portava os genes que provêm da ampla variação dessas classes animal. O relato bíblico da criação refuta a noção de que toda a vida animal evoluiu dos antepassados unicelulares. Contudo, não questiona o relato de evolucionistas sobre a variação dentro das espécies.
Maldade e violência. Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade érasah, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29). 

IV. O SERMÃO DRAMÁTICO DE NOÉ
Não sabemos quanto tempo durou a pregação de Noé. Um século? Ou várias décadas? Não importa. O fato é que toda aquela civilização teve muita oportunidade para, arrependendo-se, voltar-se para Deus. Infelizmente, não houve uma conversão sequer. Saturados do patriarca, fizeram-se moucos, surdos e ainda mais impenitentes.

I. Em palavras e atos. Destacando o juízo divino sobre a primeira civilização humana, escreve Pedro que Deus “não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios” (2 Pe 2.5).

Noé, um pregador sem púlpito. Mas nem por isso deixou de proclamar o juízo divino. Talhando o grande barco num lugar seco, longe dos rios Tigre e Eufrates, pregava ele, dramaticamente, os últimos dias daquele mundo. E, dramaticamente, anunciava o castigo divino sobre os seus contemporâneos. Estes, por seu turno, contando seus dias não em décadas, mas em séculos, supunham que julgamento algum lhes adviria. Por isso, brincaram com o tempo, e acabaram por se perder numa eternidade sem Deus.

Noé pregava com palavras. Sua proclamação mais forte, porém, dava-se no âmbito do testemunho pessoal, no ordenamento de sua família e no trabalho da arca. O que lhe faltava em palavras, sobejava-lhe no sobe e desce do martelo, no vaivém da serra, no empurrar do formão e nos encaixes da madeira. Acredito que Salomão tinha em mente o ministério de Noé, quando compôs estas sapiências: ‘As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligidas, dadas pelo único Pastor” (Ec 12.11).

2. A homilia do cipreste. Além de medicinal, o cipreste é uma excelente madeira para ser utilizada em obras finas de marcenaria Por isso mesmo, Deus a indicou à construção da arca Suas qualidades curativas, em contato com a água, haveria de preservar a saúde de todos a bordo do grande barco. Homens e animais estariam livres de fungos, bactérias e de outras coisas deletérias. A arca, pois, era um lugar de vida e saúde; ninguém dali sairia enfermo.

Foi no preparo desta madeira, que Noé ia proclamando o fim de todas as coisas. Suas homilias, que tinham as mesmas propriedades do cipreste, foram ignoradas. Nelas, estava a cura para a sua geração que, empedernida e insolente, aprofundou-se em delitos e pecados, até não lhe haver mais remédio. Não acontece o mesmo hoje com a pregação do Evangelho de Cristo?

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O dilúvio
Cristãos que mantêm uma ampla visão das Escrituras debatem se o dilúvio descrito em Gênesis foi uma inundação universal, que cobriu a total superfície do globo, ou uma inundação limitada, que afetou somente áreas habitadas pelo homem. Versos como ‘todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos’ (7.19,20) e ‘tudo que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu’ (vv.21-23) sugerem um cataclisma mundial. Mas como seria o fato de que não há água suficiente em nosso planeta e na atmosfera para cobrir montanhas tais como o Evereste? Aqueles que mantêm a visão universal acreditam que o dilúvio modificou a face da terra, levando o leito dos mares e formar reentrâncias e empurrando montanhas para um lugar mais alto. Seja qual for a nossa visão, está claro que o relato do dilúvio estabelece uma poderosa declaração. Ele afirmava que Deus é Regente moral deste universo, que tem o poder de julgar o pecado. 2 Pedro 3 lembra-nos daqueles que escarnecem da ideia do Juízo Final que o Senhor perpetuou nos tempos de Noé para julgar os homens ímpios e violentos. O Todo-Poderoso, cujo ódio ao pecado está revelado no dilúvio, não permitirá que os pecados continuem impunes” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29).

V. O DILÚVIO INEVITÁVEL
Enfim, a arca está pronta, O grande barco de Noé, que serviu de modelo aos petroleiros atuais, já era realidade. Não obstante, a geração de Lameque continuava pecando, afrontando a Deus e blasfemando de seu Espírito. Aquele evento escatológico, figura perfeita do que há de acontecer nestes últimos dias, continua a advertir-nos.

1. A chegada dos animais. Embora Noé pregasse com o verbo e com as ferramentas da marcenaria, ninguém se arrependeu para fugir às águas do Dilúvio. Se homem algum buscou aproximar-se da arca, os animais se houveram mais sabiamente. No momento certo, começaram eles a chegar. Dos maiores aos menores, todos apresentaram-se a Noé Seu apelo racional foi irracionalmente respondido. E a loucura da pregação.

O fato parece não ter chamado a atenção dos lamequianos, porque, naqueles dias, os animais, mesmo os arredios e selvagens, não representavam ameaça ao ser humano. Por isso mesmo, aquela gente pensou que Noé estava montando um parque temático ou um grande zoológico.

Mas, na verdade, era o epílogo de um sermão gracioso, mas urgente e terminal.

2. Dilúvio, o julgamento universal. Tendo Noé e sua família entrado na arca, juntamente com todos os animais, o próprio Deus encarrega-se de fechar-lhes a porta (Gn 7.16). O Senhor enclausura o patriarca, pois em sete dias chegarão as águas do grande dilúvio. Enquanto isso, ia o tempo fechando-se do lado de fora, as nuvens avolumavam se; os rios e lagos já começavam a agitar-se.

Finalmente o Dilúvio. Assim o autor sagrado descreve a grande inundação: “No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites” (Gn 7:11),

Toda a primeira civilização humana foi destruída pelas águas do Dilúvio. Apenas Noé e a sua família, juntamente com os animais que estavam com eles na arca, sobreviveram. A chuva, na verdade, durou quarenta dias e quarenta noites. As águas, todavia, prevaleceriam por mais de um ano sobre a face da Terra (Gn 8.13).

Sim, o Dilúvio atingiu todo planeta. Se um tisunami na Asia é sentido no continente americano, o que dizer da grande inundação que destruiu toda a primeira civilização? Literalmente, o Dilúvio alcançou toda a terra, destruindo um habitat perfeito que o Senhor havia preparado para um ser humano imperfeito e nada agradecido. Se o juízo divino foi universal, universal também foi o Dilúvio.

O juízo divino no inferno. Não resta dúvida de que toda aquela geração pereceu e foi lançada no inferno, onde aguarda a última ressurreição, a fim de comparecer ao Juízo Final (Ap 20.11-15). Eles sabem que isso acontecerá, pois o Senhor Jesus, no interlúdio entre a sua morte e ressurreição, esteve no Hades, onde lhes proclamou a eficácia da justiça divina.
Escreve o apóstolo Pedro: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água” (1Pe 3.18-20 — ARA).
A geração de Noé recusou-se a ouvi-lo, mas viu-se obrigada a escutar o Senhor Jesus que, além de pregoeiro da justiça, apresentava-se, agora, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Sua pregação não era redentiva, mas vindicativa.

CONCLUSÃO
O grande projeto de Noé não era a construção da arca, mas a salvação de sua família. Por isso, empenhou-se em conduzir seus filhos pelos caminhos de Set, Enos e Enoque, seus piedosos ancestrais. Naquele período, era um homem contra todo um mundo corrupto, irreconciliável e inimigo de Deus. Dessa forma, não permitiu que nenhum de seus filhos se desencaminhasse pelas sendas de Caim e Lameque.

Agindo piedosa, mas corajosamente, pôde salvar a esposa, os filhos e as noras. Enfim, Noé veio a salvar a espécie humana. Nele, o plano de salvação foi preservado e teve pleno segmento. A cultura de Caim e Lameque, embora poderosa, foi destruída pelas águas do Dilúvio. A mensagem da graça divina, encerrada naquela arca, que vogava nas águas revoltas, veio-nos através do Evangelho de Cristo.

Que o nosso grande projeto, hoje, seja a salvação de nossa família. Encaminhemos, pois, os que amamos no caminho da graça divina.

Fonte:
O começo de todas as coisas - Estudos sobre o Livro de Gênesis - 4ºtrim.2015
O começo de todas as coisas - Estudos sobre o Livro de Gênesis - Claudionor de Andrade (Livro de Apoio)
Guia do Leitor da Bíblia - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD - nº64
Dicionário Bíblico Wycliffe CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé

Sugestão de leitura: A descoberta da Arca de Noé
Aqui eu Aprendi!

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