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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Mahdismo - O que é um Iman?

O esperado pelos muçulmanos - o 12º Iman (Imã Mahdi)

O que é um Imã?
Segundo a crença islâmica, o Imã é um líder ou governante ungido. Especialmente entre as crenças xiitas, acredita-se que o Imã (embora não obrigatório) seja um líder ou clérigo de oração quando a palavra é maiúscula. Os sunitas também acreditam que um Imã pode ser um profeta. Os xiitas acreditam que nem todos os profetas podem ser um Imã mas que um Imã também pode ser um profeta. Diz-se que o Imã é ungido por Alá e um exemplo perfeito de como liderar a humanidade em todos os sentidos.

A interpretação xiita é que somente Alá pode nomear um Imã e que nenhum homem tem o poder de fazê-lo. Diz-se que o 12º Imã é um descendente do profeta Maomé e possui um estado divino assim como cada um dessa sucessão de filhos. O 12º Imã também é chamado de Imã Oculto e Mahdi (divinamente guiado).

Quem é o 12º Imã?
Entre os xiitas (predominantes no Irã), existe uma profecia sobre o 12º Imã, o grande salvador espiritual. Este Imã é chamado de Abu al-Qasim Muhammad ou também chamado de Muhammad Mahdi al. Diz-se que ele era um filho do 11º Imã, Hasan al-Askari, e sua mulher, a neta de um imperador. Há declarações contraditórias de que seu nome era Fátima ou Nargis Khatoon.

A maioria dos relatos da história dizem que Al Mahdi escondeu-se como uma criança em torno da idade de 5 anos (cerca do 13º século). Acredita-se que ele tenha se "escondido" em cavernas desde então, mas que vai voltar sobrenaturalmente pouco antes do Dia do Juízo. De acordo com a Hadith (registros dos preceitos do profeta Maomé), os critérios para o Imã Oculto são:

- Será um descendente de Maomé e filho de Fátima
- Terá uma testa larga e nariz pontudo
- Retornará pouco antes do fim do mundo
- Sua aparição será precedida por uma série de eventos proféticos durante 3 anos de caos, tirania e opressão mundiais
- Fugirá de Medina a Meca, milhares de pessoas prometerão lealdade a ele
- Reinará sobre os árabes e o mundo por 7 anos
- Erradicará toda a tirania e opressão, trazendo harmonia e paz total
- Liderará uma oração em Meca, durante a qual Jesus estará ao seu lado e a ele se unirá

Notavelmente, a teoria do 12º Imã faz grande parte das atuais preocupações mundiais com o Irã. O presidente xiita muçulmano do Irã, Ahmadinejad (Agosto 2005 - Agosto 2013) , está profundamente comprometido ao messias islâmico, Al Mahdi. Muitos ao longo dos anos têm afirmado ser o Imã Oculto, mas Ahmadinejad acredita que ele ainda esteja por vir. Ele alega que deva pessoalmente preparar o mundo para a vinda de Mahdi. Para que possa ser salvo, o mundo deve estar em um estado de caos e de subjugação. Ahmadinejad afirma que ele foi “dirigido por Alá para preparar o caminho para o aparecimento glorioso do Mahdi". Esta diretriz apocalíptica inclui algumas proclamações muito assustadoras.

Por que isso é tão importante agora?
Enquanto os cristãos aguardam a segunda vinda de Jesus, os judeus esperam pelo Messias e os muçulmanos esperam pelo 12º Imã. No entanto, dos três, Mahdi, o designado por Alá, é o único que exige um caminho violento para conquistar o mundo. Ahmadinejad e seu gabinete afirmam ter um "contrato assinado" com al Mahdi no qual eles se comprometeram a executar essa tarefa.

O que esta tarefa envolve?
À luz das preocupações sobre a capacidade nuclear do Irã, Mahmoud Ahmadinejad tem afirmado que Israel deveria ser apagado do mapa. Durante o seu discurso às Nações Unidas em setembro de 2005, ele afirmou ter sido envolvido por uma aura de luz e sentiu uma mudança na atmosfera durante a qual ninguém que estava presente conseguia piscar os olhos. Diz-se que o primeiro-ministro do Irã também falou em termos apocalípticos e parecia apreciar o conflito com o Ocidente, o qual ele chama de o Grande Satã. Tudo isso ocorre enquanto ele proclama que tem que preparar o mundo para a vinda de Mahdi por meio de um mundo totalmente sob o controle muçulmano.[A]

A DOUTRINA DO MAHDISMO
De acordo com a tradição xiita, os Doze Imãs, descendentes de Ali Ibn Abi Talib (Imã Ali), primo e genro do profeta Maomé, foram dotados de qualidades divinas que os capacitaram a conduzir os crentes xiitas e para operarem como emissários de Alá na terra. No entanto, quando o Décimo Segundo Imã, Muhammad Al-Mahdi,[1] desapareceu no ano 941 d.C., sua conexão com os crentes xiitas foi rompida. Desde então, foi ordenado aos xiitas que aguardem pelo retorno dele a qualquer momento.

Nesse ínterim, os clérigos xiitas mais destacados são considerados representantes dos Imãs. Assim, eles têm autoridade para tratar dos assuntos da comunidade xiita, principalmente nas esferas religiosa e jurídica, até que o Imã Oculto retorne, lidere a comunidade xiita e a liberte de seus sofrimentos.

De acordo com a crença xiita, durante o período da ausência do Mahdi (período esse denominado ghaibat ou “ocultação”), ninguém, exceto Deus, sabe a hora do retorno do Mahdi, e nenhum homem pode pressupor ou prever quando essa hora chegará. Com o reaparecimento do Mahdi, todos os males serão reparados, a justiça divina será instaurada e a verdade do islamismo xiita será reconhecida pelo mundo inteiro(mahdismo).[2]

O MAHDISMO E O REGIME ISLÂMICO NO IRÃ
Desde o estabelecimento do regime islâmico, em 1979, até a ascensão ao poder de Mahmoud Ahmadinejad, em agosto de 2005, o mahdismo vinha sendo uma doutrina religiosa e uma tradição que não possuía nenhuma manifestação política. O sistema político funcionava independentemente dessa crença messiânica e da expectativa do retorno do Mahdi. Foi apenas com a presidência de Ahmadinejad que essa doutrina religiosa tornou-se uma filosofia política e foi levada a um lugar central na política.

Durante a era do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador do regime islâmico do Irã, o mahdismo permaneceu fora do âmbito político. Sem dúvida, porém, a era de Khomeini foi caracterizada pelo fervor messiânico. Os iranianos atribuíam qualidades messiânicas a ele e lhe conferiram o título de “Imã”, que até então havia sido reservado para os Doze Imãs. Na verdade, a chegada de Khomeini ao poder foi vista na época como a realização da profecia que dizia respeito ao retorno do Mahdi.

A instauração do Governo do Jurisprudente(velayat-e faqih) por Khomeini no Irã motivou uma transformação no xiismo, substituindo sua tradicional passividade por uma perspectiva mais ativa. Como parte dessa mudança, Khomeini afirmou que os xiitas não deveriam apenas aguardar passivamente pelo retorno do Mahdi, mas deveriam ativamente preparar o terreno para seu retorno e para a libertação da comunidade xiita. Um componente dessa abordagem ativa foi a tomada do poder pelos clérigos. Entretanto, Khomeini manteve a doutrina do mahdismo na periferia da esfera política. Ele nem afirmou possuir uma conexão direta com Deus, nem presumiu prever a hora do retorno do Mahdi.

Após a morte de Khomeini em 1989, o mahdismo teve um declínio no Irã. As administrações de Ali Akbar Hashemi Rafsanjani (1989-1997) e de Mohammad Khatami (1997-2005) mantiveram uma estreita separação entre a política e o mahdismo – uma política que mudaria com a presidência de Ahmadinejad.[3]

IDEOLOGIA
Trecho do discurso feito no Seminário Internacional sobre a Doutrina do Mahdismo pelo aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi - "Um dos aspectos ideológicos da doutrina mahdista é [sua] universalidade, uma vez que o Mahdi vem para estabelecer justiça e retidão no mundo inteiro. Um outro aspecto é a disseminação da justiça e da retidão [segundo a lei de] um único homem, um único centro, e um único sistema. Como o Imã Oculto é o responsável pela disseminação da justiça e da retidão, o mundo precisará ter um único centro e governo (...) para que possa sair de um estado de [divisão] e estabelecer um único governo [universal] dirigido pelo [Imã Oculto], e todo tipo de opressão e de exploração será [então] banido do mundo”.[B]

Leia também:

Notas:
[1] O Décimo Segundo Imã, o messias xiita, também é chamado Muhammad Al-Muntazar (“O Esperado”), Imã Al-Zaman (“o Imã das Eras”) e “o Imã Oculto”.
[2] Sobh-e Sadeq (Irã), 30 de Abril de 2007.
[3] Para detalhes sobre a ascensão de Ahmadinejad ao poder e sobre a "Segunda Revolução Islâmica", ver MEMRI Inquiry and Analysis nº253, "The Second Islamic Revolution" em Iran: Power Struggle at the Top", 17 de novembro de 2005 www.memri.org/bin/articles.cgi?Page=archives&Area=ia&ID=IA25305.

Fonte:
[A] via Assuntos populares - 12º Madhi 
[B] via Beth Shalom - Mahdismo - Revista Notícias de Israel-novembro_2009 (extraído de Middle East Media Research Institute [Instituto de Pesquisa Sobre a Mídia do Oriente médio] - www.MEMRI.org )
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