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terça-feira, 14 de novembro de 2017

A Parábola da Dracma perdida

"Ou, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e procura atentamente, até encontrá-la?E quando a encontra, reúne suas amigas e vizinhas e diz: Alegrem-se comigo, pois encontrei minha moeda perdida. Eu digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" Lucas 15:8


Lucas 15 é uma sucessão de parábolas sobre a graça de Deus resgatando o homem do pecado. São três parábolas:1- A ovelha perdida resgatada pelo pastor,2- a dracma perdida resgatada pela mulher e 3-o filho pródigo resgatado do mundo pelo amor do pai. Jesus é o bom pastor da parábola 1,  O Espírito Santo de Deus é a candeia iluminada da parábola 2 e Deus é o Pai amoroso da parábola 3, essa é uma forma de interpretar e compreender o trabalho da Trindade na salvação do homem.

Neste artigo falaremos especificamente sobre a Parábola 2 (dracma perdida), uma vez que outros estudos já foram publicados sobre as demais parábolas.De inicio, selecionemos alguns aspectos que merecem nossa atenção:

1-O que era dracma, que valor tinha para aquela sociedade?
2-Por que a mulher da parábola ficou incomodada com a dracma que se perdeu se ela tinha outras nove?
3- A dracma se perdeu dentro de casa e não do lado de fora, em outro ambiente
4-Era noite quando a mulher percebeu que havia perdido a dracma, senão: por que acender uma candeia para procurá-la?
5- Por que ela não esperou o dia amanhecer para procurar?
6- A candeia no contexto Bíblico
7- A dracma se perdeu em segredo, mas foi encontrada com festa e publicação na vizinhança.

Contextualizando:
Dracma era uma moeda de prata utilizada para comércio e também para enfeitar colares para noivas. O colar com 10 dracmas tinha o significado de uma aliança, o noivo presenteava sua noiva com o colar selando  um compromisso de casamento. Assim, a noiva deveria cuidar bem do colar em demonstração de confiança e fidelidade. Perder dracmas do colar implicava em maus julgamentos por parte do noivo e até rompimento da relação. O conhecimento do costume nos dá uma ideia mais nítida do porque de ter sido uma mulher e não um homem que busca diligentemente o dracma. A dracma referia  valores inestimáveis, superiores ao valor material. Para este caso, as nove dracmas reunidas não tinham valor algum distanciadas da dracma perdida. Em compensação, a dracma perdida era de muito valor, pois encontrá-la era como reaver a aliança de noivado, assegurar o compromisso com o noivo.

A dracma se perdeu à noite, dentro de casa. Esta casa pode ser chamada de Igreja,  noiva de Cristo:

  • Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. – Apocalipse 19:7

A casa também é o Reino de Deus que se fundamenta na obra expiatória de Cristo e no trabalhar do Espírito Santo:

  • Eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. – Apocalipse 21:2 

É Este Espírito que conduz o pecador ao arrependimento. A ausência do Espírito Santo é como uma casa em trevas, uma candeia sem luz. O colar de 10 dracmas no pescoço da noiva era como um adereço, atavio necessário para manutenção da comunhão com o noivo.

Jesus foi quem introduziu o significado de candeia na Bíblia, por diversas vezes ele cita este instrumento fazendo referência a uma vida dirigida, guiada e pertencente ao Reino de Deus, vejamos:

  • "Estejam cingidos os vossos lombos  e conservem acesas as suas candeias"- Lucas 12:35

  • "Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."Mateus 5:14-16

  • " Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do esposo". Mateus 25:1.

O que se perdeu: 
Convêm perguntarmos: por que a dracma se perdeu, qual o motivo? E por que ela foi buscada dentro de casa e não fora?

A parábola é bem curta e necessita  ser examinada de forma expositiva, em relação a outros trechos da escritura. A dracma perdida é como uma pessoa perdida no pecado, distante da comunhão com Deus e com os irmãos em Cristo. Esse pecador perdido, em trevas, como em uma casa escura, será salvo, resgatado da escuridão pela ação do Espírito Santo (candeia acesa) na igreja. 

A primeira atitude da mulher é acender uma candeia. Ela não vai dormir e esperar amanhecer, clarear, para encontrar o que se perdeu. Significa que nenhuma obra no Reino de Deus pode ser feita de modo terreno apenas (sem candeia). A diligência da mulher na procura é um processo de transformação, de rever atitudes, conceitos que impedem o relacionar-se com Deus. A mulher buscando a dracma perdida é uma lição de cooperação da Igreja de como o amor por Deus e a observância aos princípios Bíblicos pode influenciar o mundo (casa escura).

Interessante é perceber que a dracma perdida expõe a relação direta entre o Reino de Deus e o reino dos homens. Uma dracma, um pecador perdido, carrega consigo outros tantos. Eis o inestimável valor de uma vida! A organização da dracma perdida retornando para o colar, para seu lugar, é como uma alma lavada e remida pelo sangue de Jesus que através do testemunho de vida reúne mais pessoas ao Reino de Deus.

A mulher varreu a casa. imagino que varreu de uma forma que nunca tinha varrido: levantando tapetes, afastando móveis do lugar, aproximando a candeia, abaixando-se. Ela examinou cada canto e limpou toda sujeira de maneira segura.

A obra do Espírito Santo na vida do pecador, expõe todo o pecado como a luz expõe a sujeira: 
  • "Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus."João 3:20,21

A conversão das trevas para luz, do pecado para a salvação é um caminho de renúncias, de purificação. É como esse "varrer" da casa, a sujeira incomoda e existe todo um esforço para reaver a comunhão com Deus, para estar em Sua presença. Uma vez transformado, o pecador arrependido é como esta dracma encontrada cujas novas e diferentes obras alegram o coração de Deus.

Pequenas coisas:
Aquela dracma parecia sem valor...E assim são tantas vidas que aos olhos dos homens parecem insignificantes, mas aos olhos de Deus são incalculáveis. Assim também são pecados que parecem pequenos, imperceptíveis, mas, contudo, atrapalham o relacionamento com Deus. Será preciso acender a candeia, encher a vida com o Espírito Santo de Deus de modo que não haja espaço para nenhum mal, nenhuma treva.

A dracma e a família: 
Poderíamos ainda relacionar a diligente mulher da parábola com uma mãe de família que tem nove filhos e um entre todos se perde: em delitos, drogas, prostituição, mendicância e etc. Esta mulher busca a Deus intensamente de modo que em seu lar a presença de Deus vai transformando a família, removendo as imperfeições e estreitando relacionamentos. O filho é resgatado pela diligência da mãe cheia do Espírito Santo: oração, amor, paciência, testemunho.


Concluindo... 


A parábola deixa claro o amor de Deus pelo pecador e a obra do Espírito Santo na conversão . Somente sob dependência de Deus é possível compreender o valor de uma vida perdida. A relação das nove dracmas com a que se perdeu é uma formidável lição de cooperação entre Reino de Deus e reino dos homens. Que maravilha saber que existe um Deus vivo e eficaz empenhado na felicidade humana, um Deus que enxerga os lugares inacessíveis da mente e do espírito humano. Um Deus que põe luz nas trevas não para condenar, mas para salvar e por causa do Seu grande e incomparável amor é que o pecador se constrange a arrepender-se. É o amor do Cristo vivo e ressuscitado que salva, que busca diligentemente e diariamente o homem: excluído (fora do colar), distante ( sem comunhão,escondido).

Que Deus o abençoe.


por Wilma Rejane

Texto extraído do 'excelente' Blog A Tenda na Rocha
Aqui eu Aprendi!

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