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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O nascimento de Jesus segundo o Evangelho de Mateus

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco)” Mt 1.23


A genealogia de José é apresentada em Mateus 1
“Ele era carpinteiro (Mt 13.55) que vivia em Nazaré (Lc 2.4). Mas, como descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém. Estava noivo de Maria na época em que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. Ao saber que Maria estava grávida, quis evitar que ela fosse exposta à vergonha pública, embora cogitasse divorciar-se e despedi-la secretamente. Mas em um sonho foi informado por Deus que a concepção de Maria era divina e foi encorajado a se casar com ela. Para se registrarem e pagarem o imposto real, ele e Maria foram a Belém, onde Jesus nasceu. José é mencionado juntamente com Maria e Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e na apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.27). Em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. A última participação de José é mencionada no evento dos Evangelhos relacionado com a visita feita à festa anual em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lc 2.41-52). Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42 possa indicar que José ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus. José não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.26,27), portanto podemos concluir que José havia morrido antes desse acontecimento” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1092).

A concepção de Jesus se deu por uma ação divina. Foi o resultado da ação direta do Espírito Santo sobre Maria, a serva do Senhor.

Texto Bíblico: Mateus 1.18-25

INTRODUÇÃO

Os judeus convertidos ao cristianismo tinham dificuldades para se comunicar e relacionar com seus patrícios, praticantes do judaísmo, pois estes não aceitavam Jesus como o Messias prometido. Mateus busca o diálogo com os judeus a fim de demonstrar a relação entre Jesus e o Messias prometido nas Escrituras. Ele dá ênfase à figura do Salvador da humanidade, aquEle que implantaria o Reino dos Céus, mostrando que este Reino seria eterno e universal.

Nesta lição, estudaremos a respeito do casal que foi escolhido para serem os pais terrenos de Jesus. Também veremos como se deu a concepção sobrenatural do Messias.

I. MARIA, A ESCOLHIDA PARA SER A MÃE DE JESUS

1. Uma mulher daria à luz o Messias prometido.
Na época do nascimento de Jesus, entre os judeus, existia uma grande expectativa messiânica, pois acreditavam que o Messias os libertaria da opressão romana. As mulheres judias tinham a esperança de serem escolhidas para tamanha honra, de ser mãe da figura mais esperada de seu povo. Esta expectativa surgiu, principalmente, pela influência da literatura apocalíptica, que surgiu cerca de dois séculos antes de Jesus.

O texto messiânico mais expressivo para demonstrar essa realidade é Isaías 7.14-16, complementado por Isaías 9.1-6. Maria teve o privilégio de dar à luz o menino Jesus, o verdadeiro Messias, que Israel esperava. Assim, Maria foi a protagonista de uma das mais especiais promessas de Deus. Ela foi o instrumento pelo qual Deus se fez presente, morando junto com o seu povo (Emanuel).

2. Uma mulher escolhida para ser agraciada.
A igreja católica usa o termo “imaculada conceição” em referência a Maria. Esse termo é utilizado erroneamente por eles em uma referência à concepção da própria Maria. Segundo a crença católica, ela foi preservada da mancha do pecado original desde a sua concepção.

3. Uma mulher que diz sim para o plano divino.
Maria realmente foi agraciada em ser escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. Todavia ela estava na mesma condição de qualquer outro ser humano: separada de Deus. Portanto, totalmente dependente do ato salvífico de Cristo na cruz como qualquer um de nós. Paulo afirma em Romanos 3.10 que: “[...] Não há um justo, nem um sequer”. Este texto ratifica a dependência humana da salvação por meio de Cristo, incluindo Maria.

No plano de Deus, a virgem Maria estava destinada a ser a mãe do Cristo, o Messias e Salvador. Maria aceitou sem nenhuma restrição o convite de Deus feito por intermédio do anjo. Ela responde com firmeza, se colocando na posição de serva e se submetendo a tudo.

Maria foi agraciada e escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. No entanto, não recebeu nenhuma autoridade para ser mediadora entre o ser humano e Deus.

Leia também: 

II. JOSÉ, ESPOSO DA MULHER QUE CARREGOU JESUS EM SEU VENTRE

1. José um homem honrado e de bom caráter.
O casamento de José e Maria seguiu a tradição cultural judaica. O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a jovem não era mais pura (virgem). Assim, José era obrigado a tornar público o fato de Maria ter engravidado antes do casamento ter sido consumado. Maria seria envergonhada, punida e o compromisso firmado entre eles seria desfeito. No entanto, orientado divinamente, José toma Maria como sua esposa. Mas ele somente conheceu Maria como esposa após o nascimento de Jesus. Isso mostra que José era um homem honrado, bondoso e obediente a Deus.

2. José une Jesus à tradição messiânica davídica.
No relato de Mateus, um anjo aparece a José em sonho. Essa forma de revelação faz referência à tradição dos patriarcas em relação à comunicação com Deus.

José também recebeu um papel próprio e importante no plano divino de salvação. Ele teve o privilégio de cuidar e educar o Filho de Deus. José educou Jesus segundo a tradição judaica. No entanto, isso não o torna “canônico” e com autoridade de intermediar, diante de Deus, benefícios para os seres humanos, como alguns creem.

A filiação de Jesus por intermédio de José lhe garante o título de “Filho de Davi”, ligando-o à tradição messiânica davídica. Jesus, como descendente de Davi é rei (Mt 1.1; 2.2). No entanto, o que confundiu os judeus, a ponto de cegá-los para que não aceitassem a Jesus como o verdadeiro Messias é que o seu Reino não era deste mundo, por isso, não visava a glória humana, mas sim a justiça e a bondade divina.

3. O filho de José é Rei de justiça e bondade.
O modelo imperial existente na época do nascimento de Jesus era exercido com o poder patriarcal irrestrito, tanto em Israel como nas demais nações. Mas Jesus propõe um governo com estruturas mais justas (Mt 11.25-27; 12.46-50).

Jesus, como Rei, fez uma releitura de alguns ícones do judaísmo, como por exemplo: das tradições já existentes (Mt 5.21-48), da vontade de Deus que era desde o começo (Mt 19.3-6), dos ensinamentos de Moisés (Mt 8.1-4), de Davi (Mt 12.3; 22.42-45) e dos profetas (Mt 9.10-13). Os líderes religiosos judeus, contemporâneos de Jesus, acreditavam que a justiça era baseada somente no cumprimento da Lei segundo suas interpretações e tradições. Então, Jesus questiona a falsa religiosidade e as práticas religiosas opressoras e enganosas desses líderes. Ele faz advertências rígidas contra o abuso de poder, a luxúria, o adultério, o divórcio, a avareza e a exploração dos pobres (Mt 5.27-32; 6.19-34; 19.3-12, 6-30). Assim, os valores e princípios do seu reino eram diferentes dos reinos terrenos.

Leia também:

Pense!
José, ao receber Maria grávida, a honrou e a conheceu somente após o nascimento de Jesus. Jovem, você teria essa disciplina?

Ponto Importante!
As atitudes de José demonstravam que ele era um homem honrado e, junto com a jovem Maria, recebeu a glória e a responsabilidade de criar o Filho de Deus.


III. A CONCEPÇÃO VIRGINAL DE JESUS CRISTO

1. Um nascimento diferente dos relatos míticos.
Existem algumas alegações errôneas e não bíblicas de que a concepção virginal de Cristo foi baseado no relato de mitos pagãos, todavia Mateus afirma que Maria simplesmente “achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt 1.18).

2. A concepção virginal de Jesus.
Para comprovar o plano divino do nascimento virginal, Mateus não recorre à mitologia e sim ao profeta Isaías: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14).

3. A origem divina de Jesus.
Quando se fala de concepção virginal, o que está em questão é a preservação da virgindade de Maria no processo da concepção. Mateus evidencia a origem divina de Jesus por meio da narrativa da concepção sem ação humana e unicamente pela ação divina, independente do casal escolhido para a missão de criar e educar o Messias prometido. Assim, Jesus é apresentado como o Messias divino no qual se cumpriram as profecias do Antigo Testamento.

Após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram vários filhos (Mt 13.55).

Leia também: 

Ponto Importante
As redes socais têm sido um meio eficaz utilizado por pessoas incrédulas, para contestar as doutrinas cristãs a respeito da concepção divina de Jesus. Todavia, também podem ser usadas para evangelizar, anunciando que Jesus Cristo é o Salvador e o único caminho que nos conduz até Deus.


CONCLUSÃO

Aprendemos que Maria e José eram tementes a Deus e foram agraciados por Ele para serem os pais terrenos de Jesus. No entanto, eram pessoas comuns, pecadoras e desprovidas de poder para intermediação diante de Deus. Vimos também que a concepção de Jesus não está baseada em mitos, mas foi uma ação divina.


SUBSÍDIO
Não há nenhum justo sequer (Rm 3.10-12).
A partir deste verso o autor faz vários recortes do Antigo Testamento, chamando assim, a escritura judaica para testemunhar a culpa universal, tanto de judeu como dos gentios. Inicia citando Salmos 14.1-3 para demonstrar que toda humanidade estava corrompida pelo pecado. Paulo não traz algo novo, mas busca do próprio texto sagrado para os judeus, em que se diziam mestres e conhecedores. Todavia, faltava a eles uma correta interpretação das escrituras. [...] O apóstolo indiretamente já havia afirmado a culpabilidade universal, mas aqui, embasado pelo Antigo Testamento, enfatiza que ninguém consegue ser justo por si mesmo, pois a natureza humana é má. Por isso, é preciso entender que ninguém é melhor do que o outro e que a alternativa para o bem-estar da humanidade é adotar uma posição de humildade e misericórdia. O único que foi justo por mérito próprio foi Jesus, e Ele não se considerou superior, nem desprezou as pessoas por isso. Pelo contrário, Cristo tratou as pessoas como iguais, incluindo os que eram considerados excluídos no seu convívio” (NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: Um Estudo da Doutrina da Salvação na Carta aos Romanos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, p.42).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 1º Trimestre de 2018 - Título: Seu Reino não terá fim — Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus - Comentarista: Natalino das Neves

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