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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A progressão do Estado Islâmico - a cronologia do conflito

A progressão dos jihadistas no Iraque desde a retirada dos EUA

Avanço do grupo começou em dezembro de 2011 

Dois anos e meio depois da retirada das tropas americana do Iraque, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) conseguiu se apoderar de uma parte do noroeste do Iraque, na fronteira com a Síria.

Desde o dia 10 de junho, os jihadistas tomaram a província de Nínive, no norte do país, incluindo sua capital Mossul – a segunda maior cidade do Iraque. Também invadiram setores em duas províncias próximas, Kirkuk e Salahedin, de maioria sunita.

Tomaram também Tikrit, 160 km ao norte de Bagdá, e seguem rumo à capital iraquiana.

O avanço do grupo no Iraque, favorecido pelo conflito entre a minoria sunita e os xiitas no poder, começou com a saída de tropas dos Estados Unidos, em dezembro de 2011. Ao longo dos anos, o EI foi progredindo em seu objetivo de formar um Estado islâmico na fronteira do Iraque com a Síria.

22 de dezembro de 2011: quatro dias depois da retirada americana, o Estado Islâmico no Iraque e Levante (como o EI era chamado), uma facção da Al-Qaeda, reivindica uma série de atentados em Bagdá que deixaram 60 mortos. O EIIL é dirigido por Abu Bakr al Bagdadi e foi formado depois da invasão americana em 2003.

Autor de inúmeros atentados que se intensificaram ao longo de 2012, o grupo se encontra basicamente nas províncias de Al-Anbar, Nínive e Kirkuk. Nesta zona, uma insurreição jihadista causou inúmeras baixas nas tropas americanas entre 2003 e 2006, principalmente em Fallujah e Ramadi (oeste de Bagdá).

21 de dezembro de 2012: a minoria sunita no Iraque, que se considera marginalizada pelo governo xiita, inicia manifestações em massa, que prosseguem durante todo o ano de 2013, principalmente na província de Al-Anbar.

Alimentada pela ira sunita e pelo conflito na Síria, a violência alcança seu nível mais elevado em cinco anos. Foram 9.475 civis mortos em 2013, segundo a ONG Iraq Body Count, o que faz temer a volta à sangrenta guerra interreligiosa de 2006-2007.

Os jihadistas atacam prisões e quartéis e colocam bombas em mercados, mesquitas e funerais. As forças de segurança iraquianas tentam reagir com operações antijihadistas. Washington se compromete em acelerar o fornecimento de mísseis Hellfire e de drones de vigilância.

2 a 4 de janeiro de 2014: os jihadistas controlam Fallujah e bairros de Ramadi. É a primeira vez que cidades importantes escapam ao controle de Bagdá desde a invasão americana. Quase 500 mil pessoas fogem dos combates, segundo a ONU.

Os jihadistas, alguns dos quais dizem pertencer ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), estão aliados a várias tribos sunitas hostis ao governo e aproveitam as zonas desérticas para se esconder.

Pouco antes das legislativas de 30 de abril, apesar do cerco militar a Fallujah, o EIIL consegue travar combates perto de Bagdá.

5 de maio: os insurgentes sunitas atacam Samarra (110 km ao norte de Bagdá), uma cidade simbólica desde que um atentado contra um mausoléu xiita da região desencadeou uma guerra interreligiosa em 2006-2007. O exército, ajudado por membros de tribos, recupera a cidade após combates sangrentos.

Um mês depois, os jihadistas atacam a universidade de Al-Anbar em Ramadi e Mossul, 300 km ao norte de Bagdá.

10 de junho: o EIIL e outros jihadistas se apoderam de Mossul e de sua província petrolífera de Nínive, provocando o êxodo de 500 mil pessoas, assim como de setores em duas províncias próximas, Kirkuk e Salahedin. No dia 11, tomam Trikrit, capital da província de Salahedin e ex-reduto de Saddam Hussein.

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, decide armar os cidadãos para lutar contra os insurgentes. O líder xiita Moqtada Sadr, cujos homens lutaram contra o exército americano, pediu a formação de brigadas de defesa de locais religiosos.

12 de junho: os jihadistas estão a menos de 100 km de Bagdá, depois de se apoderarem da cidade de Dhuluiya.

29 de junho: os jihadistas sunitas proclamam a criação de um califado nas regiões tomadas no Iraque e na Síria, na tentativa de restabelecer o regime político islâmico abolido há quase um século. Convocam todos os muçulmanos a jurarem lealdade ao chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Bagdadi, que é proclamado o califa – considerado por seus seguidores o sucessor do profeta Maomé e líder soberano dos muçulmanos.

2 e 3 de agosto: em 48 horas, os jihadistas do Estado Islâmico se apoderam de várias zonas controladas pelos curdos na região de Mossul, em um grave revés para as forças curdas, que gozavam de grande reputação por sua eficácia e organização.

4 de agosto: os jihadistas anunciam que vão ampliar sua ofensiva no norte do Iraque sobre os territórios controlados pelos curdos.

5 de agosto: a Unicef afirma que 40 crianças da minoria étnica e religiosa yazidi foram mortas durante ataque dos insurgentes em Sinjar, na região autônoma curda no norte do Iraque. Um grupo de mais de 40 mil yazidis teve de deixar suas casas para fugir da violência dos jihadistas. 

6 de agosto: combatentes curdos do Iraque, Síria e Turquia iniciam uma ofensiva conjunta contra os jihadistas na região de Mossul, no norte do Iraque.

8 de agosto: o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anuncia que o país vai intervir no avanço do Estado Islâmico no Iraque. Três anos após retirar suas tropas, os Estados Unidos começam bombardeios com o objetivo de reduzir o poder de fogo do grupo jihadista e facilitar as ofensivas por terra de forças curdas.

10 de agosto: após os bombardeios americanos contra os jihadistas, os curdos conseguem retomar duas cidades no norte do Iraque que haviam sido tomadas pelo Estado Islâmico.

12 de agosto: a ONU alerta para o risco de genocídio da minoria yazidi, que ficou isolada nas montanhas do norte do Iraque após a ofensiva jihadista na região de Sinjar. Sem águar e sem comida, eles passaram a receber ajuda humanitária de aviões americanos e britânicos.

19 de agosto: O grupo  EI divulga um vídeo intitulado "Uma mensagem aos Estados Unidos" mostrando um de seus militantes executando o jornalista norte-americano James Foley, que estava sequestrado na Síria há dois anos. Foley aparece vestido em um uniforme laranja e ajoelhado diante de um homem de capuz vestido de preto que parece cortar a garganta do jornalista. No dia seguinte, a Casa Branca confirmou a autenticidade do vídeo. (James Foley foi sequestrado em novembro de 2012 na Síria. Foley, de 40 anos, é jornalista freelance e estava trabalhando para o GlobalPost, uma publicação online com sede em Boston, e também para a agência de notícias France Presse)

28 de agosto: o grupo Estado Islâmico (EI) executaram pelo menos 250 soldados sírios no norte do país. Segundo o grupo jihadista, a chacina aconteceu logo após a captura dos oficiais na base de Raqqa, conquistada pelos fundamentalistas depois de semanas de combates.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que monitora o conflito, disse que os soldados executados estavam tentando escapar do aeroporto quando foram capturados por combatentes islâmicos.



2 de setembro: Um segundo vídeo é divulgado pelo grupo com a decapitação do jornalista americano Steven Sotloffque aparece usando um uniforme laranja, ajoelhado diante de um combatente do EI armado com uma faca em uma paisagem desértica. Nas imagens, o militante mascarado condena os ataques americanos contra o EI, antes de cortar a garganta de Sotloff. Depois, o carrasco apresenta um segundo refém, identificado como um britânico, e ameaça matá-lo.
Steven Sotloff estava com 31 anos, era colaborador das revistas Time e Foreign Policy, desapareceu na fronteira entre a Síria com a Turquia em Julho de 2013. Sotloff era refém do grupo há um ano.

10 de setembro: o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anuncia que seu país irá liderar uma grande coalizão internacional que tem como objetivo “destruir o Estado Islâmico” e divulga um plano de quatro pontos para expansão das ações do país no Iraque e na síria. Ele assegurou, porém, que não irá enviar soldados ao Iraque ou à Síria.


14 de setembro: O EI reivindica a terceira decapitação de um ocidental em menos de um mês. Desta vez, o grupo decapitou o agente humanitário britânico David Haines, sequestrado na Síria. Em um vídeo de 2 minutos e 27 segundos, intitulado "Uma mensagem aos aliados dos Estados Unidos", o EI também ameaça executar outro refém britânico, Alan Henning.
David Haines, 44 anos, foi capturado na Síria em março de 2013, durante sua primeira missão para a ONG francesa Acted.


24 de setembro: o cidadão francês Herve Gourdel, guia de montanha de 55 anos, um turista da cidade francesa de Nice, foi decapitado pelos radicais do "Soldados do Califado", pequeno grupo ligado ao radical Estado Islâmico (EI). 



01 de Outubro: As atrocidades continuam. Esse grupo e todos os outros que acreditam que podem impor seu pensamento por meio da volência tem que ser detidos.

Segue trecho da matéria publicada pela Revista Sociedade Militar
Robson A.D.Silva – http://sociedademilitar.com.br 
Senhores, só em 2013 foram assassinados no planeta mais de 100 mil cristãos, católicos e evangélicos. Pergunto a vocês: Quando foi que ouviram isso na grande mídia, nos jornais impressos? islâmitas radicais assassinam cristãos todos os dias, em alguns países islâmicos é proibido falar o nome JESUS e distribuir bíblias, mas ninguém do governo tece qualquer comentário a respeito disso.
Ainda assim, no Brasil de hoje, cuja maioria esmagadora da população é cristã, ninguém discrimina islamistas e muito menos há "escalada de preconceito islamofóbico" por aqui.

Discriminamos sim, com razão, qualquer extremismo violento por parte de qualquer grupo, seja religioso ou político. Não ha razão nenhuma para a presidente do Brasil fazer declarações desastrosas como a que fez essa semana ao criticar a repressão ao grupo Estado Islâmico...
...Nosso repúdio às declarações de Dilma Roussef. Nossa solidariedade às famílias de milhares de pessoas que tem sido assassinadas não só pelo “estado” islâmico, mas por membros de grupos, comunistas, islâmicos e de qualquer tipo que tenham a pretensão de tomar o poder ou impor a sua visão de mundo por meio da força.

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