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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Livro de Salmos - Tehilim

Livro de Salmos - Tehilim - תהילים


Salmos  /  Tehilim (do hebraico תהילים, Louvores)

- em grego Psalmói”, ou seja, (cânticos acompanhados ao som do saltério), ou ainda: oração cantada e acompanhada com instrumentos musicais.

- na Vulgata recebe o nome de Liber Psalmorum (Livro de Cânticos ou Livro de Louvores)

Um lindo e maravilhoso conjunto de orações, poemas e hinos que focalizam o pensamento do adorador em Deus, numa atitude de louvor e adoração. Partes deste livro foram usadas como hinário nos cultos de adoração da antiga nação de Israel.
O Livro, que é o mais citado no Novo Testamento, foi utilizado imensamente no Ministério de Jesus Cristo.
Os Salmos engrandecem e louvam ao Senhor, exaltando o Seu nome, Seus Atributos e Sua Palavra.
Seu conteúdo principal é Louvor, Oração e Adoração e seu objetivo visa à aproximação do homem com o Senhor.


Estrutura
Os salmos, em termos de conteúdo, possuem estrutura coerente, o que também pode ser observado em passagens do Antigo Testamento e em obras literárias do Oriente Médio da Antiguidade.
Através da tradição cultural, também a poesia hebraica andava estreitamente associada à música.
Contendo 150 salmos individuais, este é o mais longo livro da Bíblia. Também é um dos mais diversificados, já que os salmos tratam de assuntos variados, tais como: Deus e sua criação, guerras, adoração, sabedoria, o pecado e o mal, juízo, justiça e a vinda do Messias.


Divisão
Nos manuscritos hebraicos originais, esta longa coleção de 150 salmos estava dividida em cinco seções, ou ainda, em cinco partes ou livros menores. Cada divisão é encerrada por uma doxologia (hoje as doxologias estão numeradas como se fossem apenas versos, mas elas são elementos distintos do texto, fazendo o encerramento de cada sub-livro sendo que a doxologia final traz o fechamento do livro como um todo. Os Salmos são divididos conforme abaixo:

- Livro I           – Salmo 1.1 ao 41.12 (doxologia 41.13)
- Livro II          – Salmo 42.1 ao 72.17 (doxologia 72.18,19)
- Livro III         – Salmo 73.1 ao 89.51 (doxologia 89.52)
- Livro IV        – Salmo 90.1 ao 106.47 (doxologia 106.48)
- Livro V         – Salmo 107.1 ao 149 (doxologia 150. 1-6)

A principal teoria sobre essa divisão dos livros (dada por eruditos), diz que ele foi dividido em cinco seções para fazer um paralelo com o Pentateuco – os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).
Dentro dessas cinco seções, também aparecem diferentes tipos de salmos, tais como cânticos de ações de graça, hinos de louvor, salmos de arrependimento e confissão, salmos imprecatórios, salmos messiânicos e cânticos entoados pelos peregrinos quando se dirigiam a Jerusalém para comemorar alguma festa nacional. A existência dessa variedade entre os salmos de cada seção pode indicar que eles formavam coleções completas antes de serem reunidos para formar uma só coleção. Contudo, independentemente do modo como foi feita a atual organização do livro, cada um dos salmos foi claramente inspirado pelo Espírito de Deus. Através desses hinos de louvor, ficamos face a face com nosso Criador e Redentor. Na glória de Sua presença, somos compelidos a exclamar como o salmista: “Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda terra é o Teu nome!...” (Salmo 8.1).

Autoria e Data
Quando se pergunta quem escreveu o livro de Salmos, a maioria das pessoas pensa automaticamente em Davi. O jovem pastor de ovelhas que se tornou o mais famoso rei de Judá, também conhecido como o suave salmista de Israel (2 Samuel 23.1). Ele viveu durante a época mais criativa da produção musical e poética do povo hebreu.
A autoria do livro não é exclusiva. O livro foi composto em um intervalo de aproximadamente mil anos da História de Israel, por pelo menos 11 autores. Os demais autores não foram identificados. Vejamos alguns deles:

- Davi é considerado autor dos 73 salmos que levam seu nome. 1 Crônicas 16 contem porções de Salmos 96 e 105 e a doxologia no final do 106, os atribuindo a Davi. Segundo comentários no Novo Testamento, podemos lhe atribuir mais dois (Atos 4.25 – Salmo 2; Hebreus 4.7 – Salmo 95).
Ainda é provável que ele tenha contribuído com mais alguns, sem se identificar.

- Asaf (Asafe) 
– o profeta e diretor do coro no templo de Davi = 12 salmos (50 e 73-83);

- Salomão 
– filho e sucessor de Davi = 02 salmos (72 e 127)

- Moisés 
– uma oração = 01 salmo (90)

- Os filhos de Coré 
– dirigentes dos cultos em Israel = 11 salmos (42, 44-49, 84-85, 87-88)

- O salmo 88 é atribuído a Hemã (cantor e profeta do Rei), enquanto o de número 89 é atribuído a Etã, o ezraíta.

Os nomes abaixo citados também estão na lista de autores de Salmos:
- Jedutum (levita da família de Merari a serviço do templo de Jerusalém, que foi nomeado pelo rei Davi, para dirigir a Musica e o grupo dos cantores do Templo (ver 1 Cr 25,1.3.6). Por ser do grupo dos músicos seu nome aparece muitas vezes no livro dos Salmos (Conf. Salmos 39, 62, 77);

- Ezequias (Rei de Judá - O rei Ezequias era poeta, e é possível que tenha escrito não apenas o Salmo 46, mas também o 47 e o 48 - contexto histórico: ocasião em que Deus livrou Jerusalém dos assírios no tempo do rei Ezequias (II Rs 18-19; II Cr 32; Is 36-37);

- Esdras (o escriba contemporâneo de Neemias, que participou ativamente da restauração de Israel após cativeiro babilônico), pesquisadores apontam o Salmo 119 como escrito por Esdras.

Um salmo muito conhecido, salmo 91, não é possível afirmar categoricamente o seu autor. Alguns apontam Moisés como o escritor por causa de certas evidencias internas (expressões idiomáticas) mas não há como afirmar.

Um exame minucioso da questão autoral, bem como do tema de cada salmo, revela que eles abrangem um período de muitos séculos. O mais antigo salmo de toda a coleção é a oração de Moisés (Salmo 90). Um dos mais tardios é o Salmo 137, um cântico de lamento claramente escrito na época em que os judeus viveram cativos na Babilônia, desde cerca de 586 ate 538 a.C.


Contexto Histórico
Alguns salmos escritos por Davi nos mostra claramente algum acontecimento especifico em sua vida. Por exemplo, o Salmo 3 é descrito como “Salmo de Davi quando fugia de Absalão, seu filho” veja também (51, 52, 54, 56, 57, 59).
Porém, outros parecem ser salmos gerais não estão ligados a nenhuma situação especifica (53, 55, 58).

Conhecer o contexto histórico de um salmo, em particular, pode ajudar o estudante da Bíblia a interpretá-lo corretamente e aplicar sua mensagem aos dias de hoje.


Versículos-chave:
Salmo 19 1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.”

Salmo 22 16-19: “Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes. Tu, porém, SENHOR, não te afastes de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me.”

Salmo 23 1: “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.”

Salmo 29 1-2: “Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade.”

Salmo 51 10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.”

Salmo 119 1-2: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração.”

Jesus Cristo nos Salmos
Os Salmos também têm muito a dizer sobre a pessoa e obra de Cristo.
A provisão de Deus de um Salvador para o Seu povo é um tema recorrente nos Salmos.

O Salmo 22 contém uma impressionante profecia sobre a crucificação do Salvador. Jesus citou este salmo quando na cruz (Sl 22.1; ver Mt 27.46; Mc 15.34).

Evidencias proféticas do Messias são vistas em numerosos salmos:
- Salmo 2:1-12 retrata o triunfo do Messias e do reino.
- Salmo 16:8-11 prenuncia Sua morte e ressurreição.
- Salmo 22 nos mostra o sofrimento do Salvador na cruz e apresenta profecias detalhadas da crucificação, todas as quais foram cumpridas com perfeição.
- Salmo 110.4 Jesus um sacerdote como Melquisedeque (ver Hb 5.6).
- Salmo 109.4 Ele oraria por seus inimigos (ver Lc 23.34)
- Salmo 45.6-7 Seu trono firmado para sempre “com a noiva (igreja)” ver Hb 1.8
- Salmos 72 6-17,  89 3-37,  110 1-7  e  132. 12-18 apresentam a Glória e a Universalidade do Seu reinado.


Aqui eu Aprendi!
De todos os Livros da Bíblia, o livro de Salmos é o que melhor exemplifica o estilo da poesia hebraica. A forma poética peculiar dos 150 Salmos faz com que sejam ideais para os crentes que gostam de criar seus próprios exercícios devocionais.

O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refugio. Sl 46.11

Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre. Sl 136.1

Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos atribui consoante as nossas iniqüidades. Sl 103.1

Pois ouviste, ó Deus, os meus votos e me deste a herança dos que temem o teu nome. Sl 61.5

Fidelíssimos são os Teus testemunhos; à Tua casa convém a santidade, Senhor, para todo sempre. Sl 93.5

Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio. Sl 90.12

O temor do Senhor é o principio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre. Sl 111.10

Aplaudi ao Senhor, todos os povos; aclamai a Deus com voz de júbilo. Sl 47.1

Oh! Tributai louvores ao Deus dos céus, porque a sua misericórdia dura para sempre. Sl 136.26


Fonte: Bíblia de Estudo NVI; Estudos Bíblicos “Livros Poéticos”; Bíblia de Estudos Pentecostal-Almeida; Manual Bíblico de Halley; Dicionário Ilustrado da Bíblia-vida nova - Ronald F. Youngblood Ed.2007


Sugestão de leitura: 

Aqui eu Aprendi!

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